Herpes
Se você já notou pequenas bolhas dolorosas nos lábios, na região genital ou em outra parte do corpo, você pode estar enfrentando uma crise de herpes. Essa infecção viral é muito comum — estima-se que milhões de brasileiros convivam com o vírus do herpes —, mas ainda gera muitas dúvidas e preocupação.
A boa notícia é que, embora o herpes não tenha cura definitiva, existem tratamentos eficazes para controlar os sintomas, reduzir a duração das crises e melhorar sua qualidade de vida. Saber reconhecer os sinais, entender o que desencadeia as crises e quando buscar orientação médica faz toda a diferença no manejo da condição.
Com serviços como o Plantão 24h, você pode falar com um médico qualificado online, sem longas esperas, clínicas lotadas ou o estresse de marcar consultas. Saber reconhecer os sinais e quando procurar orientação lhe dá mais controle sobre a sua saúde e ajuda a prevenir complicações.
O que é herpes?
Herpes é uma infecção causada pelo vírus herpes simples (HSV), que se divide em dois tipos principais:
- HSV-1: geralmente causa herpes labial (aquelas bolhas ao redor da boca), mas também pode afetar outras áreas
- HSV-2: mais comum na região genital, embora o HSV-1 também possa causar herpes genital
Uma vez que o vírus entra no organismo — normalmente por contato direto com lesões ativas ou secreções —, ele permanece no corpo para sempre, alojado em nervos próximos à medula espinhal. A maioria das pessoas infectadas não apresenta sintomas ou tem crises leves e esporádicas, mas algumas podem ter recorrências frequentes, especialmente em momentos de estresse, baixa imunidade ou exposição ao sol.
As lesões características são pequenas bolhas agrupadas que se rompem, formam feridas e eventualmente cicatrizam. Além do desconforto físico, o herpes pode gerar impacto emocional, especialmente quando afeta áreas visíveis ou a vida sexual.
Causas comuns
O herpes é causado exclusivamente pelos vírus HSV-1 e HSV-2. Entender como a infecção acontece e o que desencadeia novas crises ajuda a prevenir a transmissão e reduzir a frequência dos episódios.
Transmissão por contato direto
O vírus é transmitido principalmente pelo contato pele a pele ou mucosa a mucosa com alguém que tenha lesões ativas. Isso inclui:
- Beijos ou contato íntimo com alguém com herpes labial ativo
- Relações sexuais (orais, vaginais ou anais) com uma pessoa com herpes genital
- Compartilhamento de objetos pessoais como talheres, copos ou toalhas durante uma crise ativa (embora menos comum)
Vale lembrar que a transmissão pode ocorrer mesmo quando não há lesões visíveis, já que o vírus pode ser liberado de forma assintomática. Por isso, o uso de preservativos e evitar contato íntimo durante crises são medidas importantes de prevenção.
Primeira infecção (infecção primária)
A primeira vez que o vírus entra no corpo, a pessoa pode não apresentar sintomas ou pode ter uma crise mais intensa, com febre, mal-estar, gânglios inchados e lesões extensas. Depois dessa fase inicial, o vírus "adormece" nas células nervosas.
Reativação do vírus (crises recorrentes)
O que faz o vírus "acordar" e provocar novas crises? Diversos fatores podem desencadear a reativação:
- Estresse emocional ou físico: ansiedade, exaustão, cirurgias
- Baixa imunidade: gripes, outras infecções, uso de medicamentos imunossupressores, HIV
- Exposição solar excessiva: especialmente no herpes labial
- Mudanças hormonais: menstruação, gravidez
- Trauma local: procedimentos dentários, lesões nos lábios ou genitais
- Fadiga e falta de sono: o cansaço pode enfraquecer as defesas do organismo
Fatores de risco
Algumas situações aumentam a chance de contrair herpes ou ter crises mais frequentes:
- Múltiplos parceiros sexuais sem uso de preservativo
- Sistema imunológico enfraquecido (HIV, transplantes, quimioterapia)
- Histórico de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)
- Exposição prolongada ao sol sem proteção labial
Sintomas associados e diagnóstico
Os sintomas do herpes variam conforme a localização e a fase da infecção. Reconhecer os sinais ajuda a iniciar o tratamento precocemente e a evitar a transmissão.
Sintomas típicos do herpes labial (HSV-1):
- Formigamento, coceira ou ardência ao redor dos lábios antes das bolhas aparecerem
- Pequenas bolhas agrupadas que se rompem, formando feridas rasas
- Crostas que se formam sobre as feridas antes da cicatrização completa (geralmente em 7 a 10 dias)
- Dor leve a moderada na área afetada
Sintomas típicos do herpes genital (HSV-2 ou HSV-1):
- Bolhas dolorosas na região genital, nádegas, ânus ou coxas
- Coceira, queimação ou dor ao urinar (se as lesões estiverem próximas à uretra)
- Aumento dos gânglios inguinais (ínguas na virilha)
- Febre, dores musculares e mal-estar na primeira infecção
Diagnóstico:
O diagnóstico do herpes é geralmente clínico, baseado na aparência característica das lesões. No entanto, para confirmar ou diferenciar de outras condições, o médico pode solicitar:
- Exame visual: observação das bolhas e feridas
- Cultura viral ou PCR: coleta de material da lesão para identificar o vírus HSV-1 ou HSV-2
- Exames de sangue (sorologia): detectam anticorpos contra o vírus, úteis em casos sem lesões visíveis ou para rastreamento
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Opções de tratamento para herpes
Embora o herpes não tenha cura, os tratamentos disponíveis são eficazes para aliviar os sintomas, acelerar a cicatrização e reduzir a frequência das crises. O acompanhamento médico é fundamental para definir a melhor abordagem para o seu caso.
Mudanças no estilo de vida e cuidados caseiros
Algumas medidas práticas ajudam a aliviar o desconforto e prevenir novas crises:
- Higiene das lesões: lave suavemente a área afetada com água e sabão neutro; mantenha as lesões secas e limpas
- Evite tocar nas bolhas: isso reduz o risco de espalhar o vírus para outras partes do corpo ou outras pessoas
- Compressas frias: aplicar compressas limpas e frias pode aliviar a dor e a coceira
- Hidratação: beba bastante água, especialmente se houver febre ou dor ao urinar
- Evite alimentos ácidos ou picantes: durante crises de herpes labial, esses alimentos podem irritar as feridas
- Protetor labial com FPS: use durante a exposição solar para prevenir crises de herpes labial
- Manejo do estresse: técnicas de relaxamento, sono adequado e atividade física moderada ajudam a fortalecer o sistema imunológico
Tratamentos médicos
O tratamento medicamentoso visa reduzir a duração e a gravidade das crises, além de diminuir a transmissão do vírus:
- Antivirais orais: medicamentos como aciclovir, valaciclovir e fanciclovir são os mais usados. Eles são mais eficazes quando iniciados nas primeiras 24 a 48 horas do início dos sintomas. Em casos de crises frequentes (seis ou mais por ano), o médico pode recomendar terapia supressiva contínua para prevenir novas crises
- Antivirais tópicos: pomadas antivirais podem ser indicadas em casos leves de herpes labial, embora sejam menos eficazes que os tratamentos orais
- Analgésicos: medicamentos como paracetamol ou ibuprofeno ajudam a aliviar a dor e a febre
- Tratamento de complicações: em casos graves ou em pessoas com imunidade baixa, pode ser necessário tratamento hospitalar com antivirais intravenosos
Importante: nunca inicie medicamentos por conta própria. Sempre converse com um médico para receber orientação personalizada e segura. Hoje, os serviços de telemedicina tornam mais fácil do que nunca consultar um médico, obter aconselhamento e receber receitas médicas, tudo a partir de casa. Isto lhe dá mais controle e tranquilidade ao cuidar da sua saúde.
Prevenção
Embora não seja possível eliminar o vírus do organismo, você pode adotar medidas para reduzir o risco de transmissão e prevenir novas crises:
- Use preservativos: em todas as relações sexuais (oral, vaginal e anal), mesmo fora das crises visíveis, já que o vírus pode ser transmitido de forma assintomática
- Evite contato íntimo durante crises: não beije, compartilhe utensílios ou tenha relações sexuais quando houver lesões ativas
- Lave as mãos com frequência: especialmente após tocar nas lesões
- Não compartilhe objetos pessoais: toalhas, talheres, copos ou batons
- Proteja-se do sol: use protetor labial com FPS e evite exposição solar excessiva se tiver histórico de herpes labial
- Fortaleça seu sistema imunológico: durma bem, pratique atividades físicas, alimente-se de forma equilibrada e controle o estresse
- Converse com seu parceiro: se você tem herpes, informe seu parceiro e discutam juntos as medidas de prevenção
- Considere terapia supressiva: se você tem crises frequentes ou deseja reduzir o risco de transmitir o vírus ao parceiro, converse com seu médico sobre o uso contínuo de antivirais
Quando consultar um médico
Embora muitos casos de herpes sejam leves e se resolvam sozinhos, algumas situações exigem avaliação médica urgente:
- Lesões próximas aos olhos: herpes ocular pode causar complicações graves, incluindo perda de visão
- Sintomas intensos na primeira infecção: febre alta, dor severa, dificuldade para urinar ou engolir
- Crises frequentes: seis ou mais episódios por ano
- Lesões que não cicatrizam em duas semanas
- Sinais de infecção secundária: pus, aumento da dor, vermelhidão intensa ou febre
- Imunidade baixa: se você tem HIV, faz quimioterapia ou usa medicamentos imunossupressores
- Gravidez: especialmente se houver lesões genitais próximas ao parto, pois há risco de transmissão para o bebê
- Dor intensa ou dificuldade para realizar atividades diárias
Perguntas mais frequentes (FAQ):
Herpes tem cura?
Não. O vírus do herpes permanece no corpo para sempre, alojado nas células nervosas. No entanto, os tratamentos disponíveis controlam os sintomas, aceleram a cicatrização e reduzem a frequência das crises, permitindo uma vida normal.
Posso transmitir herpes mesmo sem lesões visíveis?
Sim. O vírus pode ser transmitido de forma assintomática, quando não há lesões aparentes. Por isso, o uso de preservativos e a comunicação aberta com o parceiro são fundamentais para reduzir o risco de transmissão.
Herpes labial e herpes genital são o mesmo vírus?
Não necessariamente. O HSV-1 é mais comum no herpes labial, e o HSV-2 no herpes genital. Porém, ambos os vírus podem causar infecções em qualquer uma das regiões, dependendo da forma de contato.
Posso engravidar se tiver herpes genital?
Sim. Herpes genital não impede a gravidez. No entanto, é importante informar seu médico obstetra sobre o histórico de herpes para que sejam tomadas medidas preventivas e evitar a transmissão para o bebê durante o parto, especialmente se houver lesões ativas próximas ao nascimento.
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