Doenças e Sintomas

Herpes

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Dr. Henrique Vieira dos Santos
17/07/2025
8 min
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Se você já notou pequenas bolhas dolorosas nos lábios, na região genital ou em outra parte do corpo, você pode estar enfrentando uma crise de herpes. Essa infecção viral é muito comum — estima-se que milhões de brasileiros convivam com o vírus do herpes —, mas ainda gera muitas dúvidas e preocupação.

A boa notícia é que, embora o herpes não tenha cura definitiva, existem tratamentos eficazes para controlar os sintomas, reduzir a duração das crises e melhorar sua qualidade de vida. Saber reconhecer os sinais, entender o que desencadeia as crises e quando buscar orientação médica faz toda a diferença no manejo da condição.

Com serviços como o Plantão 24h, você pode falar com um médico qualificado online, sem longas esperas, clínicas lotadas ou o estresse de marcar consultas. Saber reconhecer os sinais e quando procurar orientação lhe dá mais controle sobre a sua saúde e ajuda a prevenir complicações.

O que é herpes?

Herpes é uma infecção causada pelo vírus herpes simples (HSV), que se divide em dois tipos principais:

  • HSV-1: geralmente causa herpes labial (aquelas bolhas ao redor da boca), mas também pode afetar outras áreas
  • HSV-2: mais comum na região genital, embora o HSV-1 também possa causar herpes genital

Uma vez que o vírus entra no organismo — normalmente por contato direto com lesões ativas ou secreções —, ele permanece no corpo para sempre, alojado em nervos próximos à medula espinhal. A maioria das pessoas infectadas não apresenta sintomas ou tem crises leves e esporádicas, mas algumas podem ter recorrências frequentes, especialmente em momentos de estresse, baixa imunidade ou exposição ao sol.

As lesões características são pequenas bolhas agrupadas que se rompem, formam feridas e eventualmente cicatrizam. Além do desconforto físico, o herpes pode gerar impacto emocional, especialmente quando afeta áreas visíveis ou a vida sexual.

Causas comuns

O herpes é causado exclusivamente pelos vírus HSV-1 e HSV-2. Entender como a infecção acontece e o que desencadeia novas crises ajuda a prevenir a transmissão e reduzir a frequência dos episódios.

Transmissão por contato direto

O vírus é transmitido principalmente pelo contato pele a pele ou mucosa a mucosa com alguém que tenha lesões ativas. Isso inclui:

  • Beijos ou contato íntimo com alguém com herpes labial ativo
  • Relações sexuais (orais, vaginais ou anais) com uma pessoa com herpes genital
  • Compartilhamento de objetos pessoais como talheres, copos ou toalhas durante uma crise ativa (embora menos comum)

Vale lembrar que a transmissão pode ocorrer mesmo quando não há lesões visíveis, já que o vírus pode ser liberado de forma assintomática. Por isso, o uso de preservativos e evitar contato íntimo durante crises são medidas importantes de prevenção.

Primeira infecção (infecção primária)

A primeira vez que o vírus entra no corpo, a pessoa pode não apresentar sintomas ou pode ter uma crise mais intensa, com febre, mal-estar, gânglios inchados e lesões extensas. Depois dessa fase inicial, o vírus "adormece" nas células nervosas.

Reativação do vírus (crises recorrentes)

O que faz o vírus "acordar" e provocar novas crises? Diversos fatores podem desencadear a reativação:

  • Estresse emocional ou físico: ansiedade, exaustão, cirurgias
  • Baixa imunidade: gripes, outras infecções, uso de medicamentos imunossupressores, HIV
  • Exposição solar excessiva: especialmente no herpes labial
  • Mudanças hormonais: menstruação, gravidez
  • Trauma local: procedimentos dentários, lesões nos lábios ou genitais
  • Fadiga e falta de sono: o cansaço pode enfraquecer as defesas do organismo

Fatores de risco

Algumas situações aumentam a chance de contrair herpes ou ter crises mais frequentes:

  • Múltiplos parceiros sexuais sem uso de preservativo
  • Sistema imunológico enfraquecido (HIV, transplantes, quimioterapia)
  • Histórico de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)
  • Exposição prolongada ao sol sem proteção labial

Sintomas associados e diagnóstico

Os sintomas do herpes variam conforme a localização e a fase da infecção. Reconhecer os sinais ajuda a iniciar o tratamento precocemente e a evitar a transmissão.

Sintomas típicos do herpes labial (HSV-1):

  • Formigamento, coceira ou ardência ao redor dos lábios antes das bolhas aparecerem
  • Pequenas bolhas agrupadas que se rompem, formando feridas rasas
  • Crostas que se formam sobre as feridas antes da cicatrização completa (geralmente em 7 a 10 dias)
  • Dor leve a moderada na área afetada

Sintomas típicos do herpes genital (HSV-2 ou HSV-1):

  • Bolhas dolorosas na região genital, nádegas, ânus ou coxas
  • Coceira, queimação ou dor ao urinar (se as lesões estiverem próximas à uretra)
  • Aumento dos gânglios inguinais (ínguas na virilha)
  • Febre, dores musculares e mal-estar na primeira infecção

Diagnóstico:

O diagnóstico do herpes é geralmente clínico, baseado na aparência característica das lesões. No entanto, para confirmar ou diferenciar de outras condições, o médico pode solicitar:

  • Exame visual: observação das bolhas e feridas
  • Cultura viral ou PCR: coleta de material da lesão para identificar o vírus HSV-1 ou HSV-2
  • Exames de sangue (sorologia): detectam anticorpos contra o vírus, úteis em casos sem lesões visíveis ou para rastreamento

Se você notar lesões suspeitas, dor intensa ou sintomas recorrentes, não hesite em buscar orientação. É aí que serviços como o Plantão 24h podem ajudar, dando-lhe acesso rápido a médicos de confiança sem sair de casa.

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Opções de tratamento para herpes

Embora o herpes não tenha cura, os tratamentos disponíveis são eficazes para aliviar os sintomas, acelerar a cicatrização e reduzir a frequência das crises. O acompanhamento médico é fundamental para definir a melhor abordagem para o seu caso.

Mudanças no estilo de vida e cuidados caseiros

Algumas medidas práticas ajudam a aliviar o desconforto e prevenir novas crises:

  • Higiene das lesões: lave suavemente a área afetada com água e sabão neutro; mantenha as lesões secas e limpas
  • Evite tocar nas bolhas: isso reduz o risco de espalhar o vírus para outras partes do corpo ou outras pessoas
  • Compressas frias: aplicar compressas limpas e frias pode aliviar a dor e a coceira
  • Hidratação: beba bastante água, especialmente se houver febre ou dor ao urinar
  • Evite alimentos ácidos ou picantes: durante crises de herpes labial, esses alimentos podem irritar as feridas
  • Protetor labial com FPS: use durante a exposição solar para prevenir crises de herpes labial
  • Manejo do estresse: técnicas de relaxamento, sono adequado e atividade física moderada ajudam a fortalecer o sistema imunológico

Tratamentos médicos

O tratamento medicamentoso visa reduzir a duração e a gravidade das crises, além de diminuir a transmissão do vírus:

  • Antivirais orais: medicamentos como aciclovir, valaciclovir e fanciclovir são os mais usados. Eles são mais eficazes quando iniciados nas primeiras 24 a 48 horas do início dos sintomas. Em casos de crises frequentes (seis ou mais por ano), o médico pode recomendar terapia supressiva contínua para prevenir novas crises
  • Antivirais tópicos: pomadas antivirais podem ser indicadas em casos leves de herpes labial, embora sejam menos eficazes que os tratamentos orais
  • Analgésicos: medicamentos como paracetamol ou ibuprofeno ajudam a aliviar a dor e a febre
  • Tratamento de complicações: em casos graves ou em pessoas com imunidade baixa, pode ser necessário tratamento hospitalar com antivirais intravenosos

Importante: nunca inicie medicamentos por conta própria. Sempre converse com um médico para receber orientação personalizada e segura. Hoje, os serviços de telemedicina tornam mais fácil do que nunca consultar um médico, obter aconselhamento e receber receitas médicas, tudo a partir de casa. Isto lhe dá mais controle e tranquilidade ao cuidar da sua saúde.

Prevenção

Embora não seja possível eliminar o vírus do organismo, você pode adotar medidas para reduzir o risco de transmissão e prevenir novas crises:

  • Use preservativos: em todas as relações sexuais (oral, vaginal e anal), mesmo fora das crises visíveis, já que o vírus pode ser transmitido de forma assintomática
  • Evite contato íntimo durante crises: não beije, compartilhe utensílios ou tenha relações sexuais quando houver lesões ativas
  • Lave as mãos com frequência: especialmente após tocar nas lesões
  • Não compartilhe objetos pessoais: toalhas, talheres, copos ou batons
  • Proteja-se do sol: use protetor labial com FPS e evite exposição solar excessiva se tiver histórico de herpes labial
  • Fortaleça seu sistema imunológico: durma bem, pratique atividades físicas, alimente-se de forma equilibrada e controle o estresse
  • Converse com seu parceiro: se você tem herpes, informe seu parceiro e discutam juntos as medidas de prevenção
  • Considere terapia supressiva: se você tem crises frequentes ou deseja reduzir o risco de transmitir o vírus ao parceiro, converse com seu médico sobre o uso contínuo de antivirais

Quando consultar um médico

Embora muitos casos de herpes sejam leves e se resolvam sozinhos, algumas situações exigem avaliação médica urgente:

  • Lesões próximas aos olhos: herpes ocular pode causar complicações graves, incluindo perda de visão
  • Sintomas intensos na primeira infecção: febre alta, dor severa, dificuldade para urinar ou engolir
  • Crises frequentes: seis ou mais episódios por ano
  • Lesões que não cicatrizam em duas semanas
  • Sinais de infecção secundária: pus, aumento da dor, vermelhidão intensa ou febre
  • Imunidade baixa: se você tem HIV, faz quimioterapia ou usa medicamentos imunossupressores
  • Gravidez: especialmente se houver lesões genitais próximas ao parto, pois há risco de transmissão para o bebê
  • Dor intensa ou dificuldade para realizar atividades diárias

Se precisar de orientação rápida, fale agora mesmo com um médico no Plantão 24h para receber orientação personalizada e, se necessário, obter receitas digitais de forma rápida e discreta.

Perguntas mais frequentes (FAQ):

Herpes tem cura?

Não. O vírus do herpes permanece no corpo para sempre, alojado nas células nervosas. No entanto, os tratamentos disponíveis controlam os sintomas, aceleram a cicatrização e reduzem a frequência das crises, permitindo uma vida normal.

Posso transmitir herpes mesmo sem lesões visíveis?

Sim. O vírus pode ser transmitido de forma assintomática, quando não há lesões aparentes. Por isso, o uso de preservativos e a comunicação aberta com o parceiro são fundamentais para reduzir o risco de transmissão.

Herpes labial e herpes genital são o mesmo vírus?

Não necessariamente. O HSV-1 é mais comum no herpes labial, e o HSV-2 no herpes genital. Porém, ambos os vírus podem causar infecções em qualquer uma das regiões, dependendo da forma de contato.

Posso engravidar se tiver herpes genital?

Sim. Herpes genital não impede a gravidez. No entanto, é importante informar seu médico obstetra sobre o histórico de herpes para que sejam tomadas medidas preventivas e evitar a transmissão para o bebê durante o parto, especialmente se houver lesões ativas próximas ao nascimento.

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