Desidratação

Muitas pessoas pensam que a desidratação só ocorre durante uma onda de calor ou após uma atividade física intensa. Mas, na realidade, ela pode afetar qualquer pessoa, em qualquer época do ano e até mesmo dentro de casa. É fácil não perceber os primeiros sinais, especialmente se estiver apenas à espera de sentir sede. Quando a sede aparece, o corpo já pode estar com falta de líquidos.
A boa notícia? A desidratação é fácil de prevenir, uma vez que se compreenda o básico. Saber como o seu corpo reage quando precisa de água pode ajudá-lo a identificar os sintomas precocemente e a tomar medidas simples para se manter bem.
Este guia tem como objetivo fornecer conselhos claros e práticos sobre como reconhecer, prevenir e controlar a desidratação. Quer esteja a cuidar de si mesmo ou de um ente querido, as dicas abaixo podem ajudá-lo a sentir-se mais confiante e mais preparado. E se precisar de assistência médica, o Plantão 24h está à distância de um clique, com atendimento rápido e acessível online.
O que é desidratação
A desidratação ocorre quando o corpo perde mais líquidos do que ingere. Isso pode dificultar o funcionamento normal do corpo. As causas mais comuns incluem vômitos, diarreia, uso de certos medicamentos, como diuréticos, transpiração excessiva (especialmente durante o tempo quente ou atividade física) ou simplesmente não beber água suficiente.
O seu corpo é composto por cerca de 60 a 70% de água. Essa água desempenha um papel fundamental em funções como regular a temperatura corporal, transportar nutrientes e eliminar resíduos. Quando perde muito líquido — e minerais importantes, como sódio e potássio —, o equilíbrio do seu corpo pode ser afetado.
A desidratação pode variar de leve a grave. Casos mais leves geralmente podem ser tratados em casa, bebendo mais líquidos. Mas quando se torna mais grave, pode ser necessária assistência médica. Os sintomas geralmente aparecem quando o corpo não tem água suficiente para funcionar corretamente e podem piorar se não forem tratados.
Algumas condições de saúde, como diabetes, doença de Addison ou deficiência de vasopressina, também podem aumentar a probabilidade de desidratação, aumentando a quantidade de urina. A desidratação é especialmente comum — e potencialmente mais grave — em bebês e crianças pequenas. Isso ocorre porque eles perdem uma proporção maior de fluidos corporais durante a diarreia ou vômitos em comparação com os adultos.
É importante detectar os primeiros sinais de desidratação para que possa agir rapidamente. Os nossos médicos estão disponíveis em menos de 20 minutos e podem orientá-lo sobre a melhor maneira de se reidratar, especialmente em casos que podem ser tratados em casa. Cuidados médicos rápidos e acessíveis significam tranquilidade quando mais precisa.
Por que ocorre a desidratação
A desidratação ocorre quando o corpo perde mais líquidos do que ingere. Isso aciona o centro da sede no cérebro, incentivando-o a beber água — mas se não repor o que foi perdido, a desidratação pode piorar rapidamente.
À medida que o corpo tenta se ajustar, ele retém água, reduzindo a transpiração e a urina. Ao mesmo tempo, a água passa das células para a corrente sanguínea para ajudar a manter a pressão arterial e o volume sanguíneo. Se isso continuar sem ingestão suficiente de líquidos, os tecidos começam a secar e as células não conseguem funcionar corretamente. Como os primeiros sinais de desidratação são fáceis de passar despercebidos, a prevenção é fundamental.
Principais causas da desidratação
A desidratação pode afetar qualquer pessoa e é frequentemente causada por situações do dia a dia. Algumas das causas mais comuns incluem:
- Não beber água suficiente: isso é especialmente arriscado em dias quentes ou durante rotinas agitadas, quando é fácil esquecer de beber água
- Condições de saúde: doenças como diabetes ou doença renal podem aumentar a perda de líquidos ou interferir na forma como o corpo regula a água
- Infecções: febre, diarreia e vômitos podem levar à perda rápida de líquidos, especialmente em crianças e idosos
- Dieta desequilibrada: comer muitos alimentos salgados ou processados, ou beber muita cafeína, pode contribuir para a desidratação
- Transpiração excessiva: seja por exercício físico, calor ou ambos, a perda de líquidos através do suor é uma das principais causas
- Certos medicamentos: diuréticos e alguns medicamentos para a pressão arterial aumentam a frequência com que se urina, o que pode levar à desidratação. Se estiver tomando esses medicamentos, é importante fazer check-ups médicos regulares
Fatores de risco para desidratação
Algumas pessoas são mais propensas a ficar desidratadas e precisam ter um cuidado extra:
- Bebês e crianças pequenas: nem sempre conseguem dizer que têm sede e perdem líquidos mais rapidamente, especialmente durante uma doença
- Idosos: à medida que envelhecemos, a nossa sensação de sede diminui e, naturalmente, transportamos menos água no corpo. Muitos também tomam medicamentos que aumentam a perda de líquidos
- Pessoas com doenças crônicas: pessoas com diabetes, problemas cardíacos ou renais, ou qualquer condição que afete a regulação da temperatura corporal, correm um risco maior
- Pessoas com gripe, febre ou problemas estomacais: estas condições levam a uma maior perda de líquidos e requerem hidratação extra
- Trabalhadores ao ar livre e atletas: o calor e a atividade física podem levar à perda rápida de líquidos. Usar roupas inadequadas ou passar longas horas em ambientes quentes ou secos aumenta o risco
Mesmo ambientes com ar condicionado ou ar seco podem levar à desidratação sutil ao longo do tempo. Manter-se atento à ingestão de líquidos, especialmente durante doenças, clima quente ou atividade física, é uma das melhores maneiras de proteger a sua saúde.
Sintomas de desidratação
A desidratação ocorre quando o corpo perde mais líquidos do que ingere. Quando esse equilíbrio é perdido, até mesmo as funções básicas do corpo podem ser afetadas. Os sintomas podem surgir lentamente e variar dependendo da quantidade de líquido perdido. É por isso que é tão importante reconhecer os sinais precocemente, especialmente em crianças e idosos, que são mais vulneráveis.
Desidratação leve
A desidratação leve é comum e geralmente fácil de tratar, mas muitas vezes é ignorada. Estes sinais precoces são a forma do seu corpo pedir mais líquidos:
- Sede e boca seca
- Tonturas ou vertigens
- Sensação de cansaço ou fraqueza
- Lábios ou pele secos
- Urina amarela escura ou urinar menos do que o habitual
- Dores de cabeça leves
- Irritabilidade ou dificuldade em concentrar-se
- Sensação de fome que na verdade é sede
- Diminuição da elasticidade da pele (pode verificar isso com o "teste da pinça na pele")
Em crianças, pode notar:
- Menos fraldas molhadas do que o habitual
- Ausência de lágrimas ao chorar
- Aumento da agitação ou cansaço
Quando detectada precocemente, a desidratação leve geralmente pode ser tratada simplesmente bebendo mais água ao longo do dia.
Desidratação moderada a grave
Se a desidratação não for tratada, pode tornar-se rapidamente mais grave. A desidratação moderada e grave requer atenção médica e, em alguns casos, hospitalização.
Os sinais a que você deve estar atento incluem:
- Batimento cardíaco acelerado
- Pressão arterial baixa
- Pouca ou nenhuma urina
- Mãos e pés frios
- Confusão, fala arrastada ou desorientação
- Pele seca que não volta ao normal quando beliscada
- Febre alta ou calafrios
- Convulsões, desmaios ou perda de consciência
Em bebês e crianças pequenas, observe:
- Olhos fundos
- Dificuldade em se alimentar
- Sonolência extrema ou falta de resposta
Nesta fase, o seu corpo pode ter perdido líquidos e eletrólitos essenciais. A hidratação oral pode não ser suficiente — pode ser necessário receber líquidos por via intravenosa e acompanhamento rigoroso de um profissional de saúde.
Complicações da desidratação
A desidratação pode começar com sintomas como boca seca ou tonturas, mas se não for tratada a tempo, pode levar a problemas de saúde graves. Quando o seu corpo não tem líquidos suficientes, tem dificuldade em funcionar corretamente — e vários órgãos podem ser afetados.
Aqui estão algumas das possíveis complicações:
- Problemas renais: sem líquidos suficientes, os rins não conseguem filtrar os resíduos corretamente. Com o tempo, isso pode causar cálculos renais ou até mesmo insuficiência renal
- Problemas cardíacos: a desidratação reduz o volume sanguíneo, o que força o coração a trabalhar mais. Isso aumenta o risco de batimentos cardíacos irregulares (arritmia) ou até mesmo de um ataque cardíaco, especialmente se já tiver alguma doença cardíaca
- Insolação: quando o corpo não consegue se resfriar, pode superaquecer. Isso é especialmente perigoso durante climas quentes ou atividades físicas intensas
- Cãibras musculares e fraqueza: a perda de eletrólitos e líquidos pode causar cãibras musculares, sensação de fraqueza ou até mesmo impedir que os músculos funcionem corretamente
- Choque por baixo volume sanguíneo (choque hipovolêmico): esta é uma emergência médica. Ocorre quando não há sangue suficiente para transportar oxigênio por todo o corpo, levando a uma pressão arterial perigosamente baixa
- Convulsões: a desidratação grave pode causar desequilíbrios eletrolíticos, especialmente baixo nível de sódio, o que pode levar a convulsões
- Inchaço cerebral: se a desidratação não for tratada muito rapidamente, especialmente em crianças, pode levar ao inchaço cerebral, que é muito grave
- Danos renais a longo prazo: episódios repetidos de desidratação podem causar danos duradouros aos rins, às vezes até exigindo diálise
A boa notícia? A maioria destas complicações pode ser evitada reconhecendo os primeiros sinais de desidratação e tratando-a prontamente. Se você não tiver a certeza, é melhor procurar ajuda o mais cedo possível, especialmente se os sintomas piorarem ou não melhorarem.
Assuma o controle da sua saúde
Não ignore os seus sintomas! Baixe agora o app do Plantão 24h e tenha um médico à disposição sempre que precisar.

Tratamento para a desidratação
A desidratação geralmente é tratável, mas o tratamento depende da gravidade e da causa subjacente. Em casos leves, medidas simples em casa costumam ser suficientes. Para desidratação mais grave, é essencial procurar cuidados médicos.
Desidratação leve
Para desidratação leve, comece bebendo líquidos lentamente e de forma consistente ao longo do dia, em vez de tudo de uma vez. Água pura é ideal, mas água de coco, chás de ervas sem cafeína e sucos naturais diluídos também podem ajudar. Comer alimentos hidratantes como melancia, pepino, sopas e iogurte também ajuda na recuperação. Soluções de reidratação oral (disponíveis na maioria das farmácias) são especialmente úteis se tiver diarreia ou vômitos e são seguras para adultos e crianças. Evite álcool e bebidas com alto teor de cafeína, pois podem piorar a desidratação.
Fique atento aos seus sintomas, como cor da urina, fadiga ou boca seca. Se não se sentir melhor em um dia ou se os sintomas piorarem, é hora de consultar um médico.
Desidratação moderada a grave
Em casos mais graves, especialmente quando não é possível reter líquidos ou os sintomas são intensos, é necessário procurar cuidados médicos. Pode ser necessário receber líquidos por via intravenosa para restaurar rapidamente a hidratação e os níveis de eletrólitos. Os médicos também podem suspender brevemente a ingestão oral para reduzir a tensão no sistema digestivo, especialmente se houver náuseas ou vômitos. Nesta fase, os profissionais de saúde irão monitorar de perto os seus sinais vitais e tratar quaisquer causas subjacentes da desidratação, como infecções ou doenças crônicas.
Os idosos, as crianças e as pessoas com problemas de saúde pré-existentes são mais vulneráveis a complicações — por isso, se os sintomas parecem piorar, não demore para procurar cuidados.
Como prevenir a desidratação
Prevenir a desidratação é mais fácil do que tratá-la — e começa com um hábito simples: beber líquidos suficientes ao longo do dia. Os adultos devem beber pelo menos seis a oito copos de água por dia, mas esta quantidade pode aumentar consoante o clima, a atividade física e o estado geral de saúde.
Quanta água é realmente necessária?
Não existe uma resposta única, mas uma regra geral é cerca de 2 a 2,5 litros de água por dia para adultos. Isso inclui não apenas bebidas, mas também alimentos ricos em água, como frutas e vegetais. As suas necessidades podem aumentar se estiver fazendo exercício, exposto ao calor, grávida ou a amamentar.
Uma forma prática de estimar as suas necessidades é com base no seu peso corporal — uma pessoa que pesa 70 kg deve beber cerca de 2,4 litros por dia. Distribua essa quantidade ao longo do dia para ajudar o seu corpo a observá-la melhor.
Uma maneira rápida de verificar a sua hidratação é observando a sua urina: clara ou amarela clara geralmente significa que está bem hidratado, enquanto urina mais escura pode ser um sinal de que precisa beber mais. Lembre-se de que alguns alimentos ou medicamentos também podem afetar a cor da urina.
Dicas simples para se manter hidratado
- Comece o dia com água: beba um copo logo pela manhã para iniciar a hidratação
- Mantenha água por perto: ter uma garrafa ao alcance facilita beber regularmente, quer esteja a trabalhar, a estudar ou fora de casa
- Torne isso agradável: se água pura não é atraente, adicione uma fatia de limão, laranja ou hortelã para dar um toque de sabor
- Defina lembretes: use o seu celular ou programe pausas para beber água durante as refeições e momentos importantes do dia para criar um hábito
- Coma alimentos ricos em água: melancia, pepino, alface, tomate, laranja e sopas ajudam a aumentar a ingestão de líquidos
- Não espere sentir sede: em dias quentes ou quando estiver fazendo exercício, beba regularmente, mesmo antes de sentir sede
Incentivar a hidratação em crianças
As crianças muitas vezes não reconhecem quando estão com sede, por isso, ajudar a mantê-las hidratadas requer um pouco de criatividade. Copos coloridos, canudinhos divertidos e cubos de gelo com frutas podem tornar a água mais atraente. Dar o exemplo também é muito eficaz — quando os adultos priorizam a hidratação, as crianças tendem a seguir o exemplo.
Quando consultar um médico
A maioria dos casos de desidratação pode ser tratada em casa com repouso e ingestão de líquidos. Mas, em algumas situações, é importante procurar ajuda médica.
Você deve consultar um médico se:
- Se sentir muito fraco, confuso e tonto
- Não conseguir reter líquidos por várias horas
- Não urinar há 8 horas ou mais
- Os seus sintomas piorarem, em vez de melhorarem
Estes podem ser sinais de que o seu corpo precisa de mais apoio do que a hidratação por si só pode proporcionar.
A desidratação pode acometer qualquer pessoa, não apenas durante uma onda de calor ou após exercícios intensos. Manter-se hidratado todos os dias é uma das formas mais simples de proteger a sua saúde.
Conhecer os sinais, compreender as necessidades do seu corpo e procurar aconselhamento médico quando necessário pode prevenir complicações e ajudá-lo a sentir-se melhor. E quando precisar de um médico, o Plantão 24h está aqui, oferecendo atendimento rápido e confiável diretamente do seu celular.
Perguntas mais frequentes (FAQ):
Quais são os sintomas da desidratação?
Os sintomas da desidratação incluem mal-estar, fraqueza, sonolência, irritabilidade, dificuldade em concentrar-se, sensação de fome quando na verdade tem sede, dor de cabeça, boca seca, sede intensa, pouca produção de urina, cãibras, tonturas e olheiras.
O que posso fazer para deixar de estar desidratado?
Para sair de uma desidratação leve, é recomendável beber muita água. Em casos moderados ou graves, é necessária a reposição de eletrólitos (sódio e potássio), que pode ser feita com soluções de reidratação oral disponíveis em farmácias.
Quais são os três tipos de desidratação?
A desidratação pode ser isotônica (perda igual de água e minerais), hipertônica (maior perda de água do que sódio) e hipotônica (maior perda de sódio do que água).
O que é a desidratação?
A desidratação é a falta de água total no corpo que interrompe os processos metabólicos do organismo, ocorrendo quando o corpo perde mais líquidos do que ingere.
Assuma o controle da sua saúde
Não ignore os seus sintomas! Baixe agora o app do Plantão 24h e tenha um médico à disposição sempre que precisar.
