Depressão

Sentir-se triste, desanimado ou sem energia de vez em quando faz parte da vida. Mas quando esses sentimentos se tornam intensos, persistem por semanas ou meses e interferem nas suas atividades diárias, pode ser um sinal de depressão. É importante saber que você não está sozinho: a depressão é uma das condições de saúde mental mais comuns no mundo, afetando milhões de pessoas de todas as idades.
A boa notícia é que a depressão tem tratamento. Com o acompanhamento adequado, a maioria das pessoas apresenta melhora significativa dos sintomas e consegue retomar suas rotinas e relacionamentos. Reconhecer os sinais e buscar orientação profissional é o primeiro passo para recuperar o bem-estar.
Com serviços como o Plantão 24h, você pode falar com um médico qualificado online, sem longas esperas, clínicas lotadas ou o estresse de marcar consultas. Saber reconhecer os sinais e quando procurar orientação lhe dá mais controle sobre a sua saúde mental e ajuda a prevenir complicações.
O que é depressão?
A depressão, também chamada de transtorno depressivo maior, é uma condição médica que afeta o humor, os pensamentos e o funcionamento do corpo. Não se trata apenas de "estar triste" ou "desanimado" — é uma doença que altera a química cerebral e pode causar sintomas físicos e emocionais intensos.
Diferente da tristeza passageira, a depressão persiste por pelo menos duas semanas (muitas vezes por meses) e interfere na sua capacidade de trabalhar, estudar, dormir, comer e aproveitar atividades que antes eram prazerosas. A depressão pode se manifestar de diferentes formas e intensidades, desde episódios leves até quadros mais graves que exigem intervenção urgente.
Causas comuns
A depressão não tem uma causa única — geralmente resulta de uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e ambientais. Entender essas causas ajuda a desmistificar a doença e reconhecer que ela não é "frescura" nem "falta de força de vontade".
Alterações na química cerebral
Desequilíbrios em neurotransmissores como serotonina, dopamina e noradrenalina estão associados à depressão. Essas substâncias regulam o humor, a motivação e o prazer. Quando seus níveis ficam alterados, a pessoa pode sentir tristeza persistente, perda de interesse e falta de energia.
Fatores genéticos e histórico familiar
Quem tem parentes próximos com depressão apresenta maior risco de desenvolver a condição. Isso não significa que a doença seja inevitável, mas indica que a predisposição genética pode interagir com outros fatores ambientais e psicológicos.
Eventos estressantes ou traumáticos
Perdas significativas (morte de alguém querido, término de relacionamento, desemprego), traumas (abuso, violência, acidentes) ou mudanças importantes na vida (mudança de cidade, nascimento de um filho) podem desencadear episódios depressivos, especialmente em pessoas vulneráveis.
Doenças crônicas e condições médicas
Condições como diabetes, doenças cardíacas, câncer, hipotireoidismo e dor crônica podem aumentar o risco de depressão. Além disso, algumas medicações (corticoides, certos anti-hipertensivos) também podem afetar o humor.
Estilo de vida e fatores ambientais
Falta de atividade física, sono irregular, alimentação inadequada, isolamento social e abuso de álcool ou drogas contribuem para o desenvolvimento e manutenção da depressão. Ambientes com pouca luz natural (especialmente no inverno) também podem desencadear a chamada depressão sazonal.
Sintomas associados e diagnóstico
A depressão se manifesta por meio de uma combinação de sintomas emocionais, cognitivos e físicos. Os sinais mais comuns incluem:
- Tristeza profunda ou sensação de vazio na maior parte do dia
- Perda de interesse ou prazer em atividades que antes eram agradáveis
- Fadiga ou falta de energia constante
- Dificuldade de concentração, memória e tomada de decisões
- Alterações no sono (insônia ou sono excessivo)
- Mudanças no apetite (perda ou ganho de peso)
- Sentimentos de culpa, inutilidade ou desesperança
- Pensamentos recorrentes sobre morte ou ideação suicida
- Dor no corpo, dor de cabeça ou outros sintomas físicos sem causa aparente
- Irritabilidade ou agitação
O diagnóstico é feito por um médico (clínico geral, psiquiatra) ou psicólogo, com base na história clínica e na avaliação dos sintomas. Não existe um exame de sangue que "detecte" depressão, mas o médico pode solicitar exames para descartar outras condições que causam sintomas semelhantes, como hipotireoidismo ou deficiências nutricionais.
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Opções de tratamento para depressão
A depressão é tratável, e a combinação de diferentes abordagens costuma oferecer os melhores resultados. O tratamento deve ser individualizado, levando em conta a gravidade dos sintomas, a história de vida e as preferências de cada pessoa.
Mudanças no estilo de vida e cuidados no dia a dia
Embora não substituam o tratamento médico, algumas mudanças podem ajudar a melhorar o humor e apoiar a recuperação:
- Atividade física regular: exercícios liberam endorfinas (substâncias que melhoram o humor) e ajudam a reduzir a ansiedade e o estresse. Mesmo caminhadas de 20 a 30 minutos por dia fazem diferença
- Rotina de sono: dormir e acordar em horários regulares, criar um ambiente confortável e evitar telas antes de dormir melhora a qualidade do descanso
- Alimentação equilibrada: dietas ricas em frutas, vegetais, grãos integrais e gorduras saudáveis (como ômega-3) estão associadas a menor risco de depressão
- Conexão social: manter contato com amigos e familiares, mesmo que por mensagens ou chamadas de vídeo, reduz o isolamento
- Atividades prazerosas: reserve tempo para hobbies, leitura, música ou qualquer atividade que traga satisfação
- Evitar álcool e drogas: essas substâncias podem piorar os sintomas e interferir nos tratamentos
Tratamentos médicos
- Psicoterapia: a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e outras abordagens ajudam a identificar pensamentos negativos, desenvolver estratégias de enfrentamento e modificar padrões de comportamento. A psicoterapia pode ser feita individualmente, em grupo ou em família
- Medicamentos antidepressivos: em casos moderados a graves, o médico pode prescrever antidepressivos, que ajudam a corrigir o desequilíbrio químico no cérebro. Os medicamentos mais comuns incluem inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN) e outros
- Combinação de psicoterapia e medicamentos: para muitas pessoas, a combinação dos dois tratamentos oferece melhores resultados do que cada um isoladamente
- Outras terapias: em casos graves ou resistentes, o médico pode indicar tratamentos como estimulação magnética transcraniana, eletroconvulsoterapia ou cetamina (sempre sob supervisão rigorosa)
Importante: nunca inicie ou interrompa um medicamento sem orientação médica. Os antidepressivos levam algumas semanas para fazer efeito completo, e o médico ajustará a dose conforme necessário.
Prevenção
Embora nem sempre seja possível prevenir a depressão, algumas medidas ajudam a reduzir o risco de novos episódios ou a amenizar os sintomas:
- Cuide da saúde mental regularmente: reserve momentos de autocuidado, pratique técnicas de relaxamento (respiração, meditação, yoga) e procure ajuda ao primeiro sinal de dificuldade
- Fortaleça suas relações: cultive amizades, mantenha vínculos familiares e participe de grupos ou atividades comunitárias
- Gerencie o estresse: identifique fontes de estresse e busque estratégias para lidar com elas (organização, apoio profissional, pausas regulares)
- Mantenha hábitos saudáveis: exercícios, sono adequado e alimentação balanceada protegem o cérebro e o corpo
- Evite o abuso de substâncias: álcool e drogas podem desencadear ou agravar a depressão
- Acompanhamento médico: se você já teve episódios depressivos, mantenha o acompanhamento regular com seu médico ou psicólogo, mesmo nos períodos de melhora
Quando consultar um médico
Procure orientação médica se você apresentar:
- Tristeza intensa, fadiga ou perda de interesse que dura mais de duas semanas
- Dificuldade de realizar atividades do dia a dia (trabalho, estudos, cuidados pessoais)
- Pensamentos recorrentes sobre morte, vontade de desaparecer ou planos de suicídio
- Ansiedade intensa ou crises de pânico associadas à tristeza
- Alterações importantes no sono, apetite ou peso
- Sintomas físicos persistentes (como dor de cabeça, dor no corpo, problemas digestivos) sem causa identificada
- Uso de álcool ou drogas para lidar com os sentimentos
- Piora dos sintomas mesmo após tentativas de autocuidado
Se você ou alguém próximo estiver com pensamentos suicidas, procure ajuda imediatamente. Ligue para o CVV (Centro de Valorização da Vida) pelo número 188 (funciona 24 horas, gratuitamente) ou vá ao pronto-socorro mais próximo.
Perguntas mais frequentes (FAQ):
Depressão é a mesma coisa que tristeza?
Não. A tristeza é uma emoção normal e passageira, enquanto a depressão é uma doença que envolve sintomas intensos e persistentes (por pelo menos duas semanas) que afetam o funcionamento diário. A depressão também pode causar sintomas físicos, como fadiga, alterações no sono e no apetite.
Depressão tem cura?
A depressão é uma condição tratável. Com o acompanhamento adequado (psicoterapia, medicamentos ou ambos), a maioria das pessoas apresenta melhora significativa. Algumas pessoas têm um único episódio, enquanto outras podem ter recorrências ao longo da vida — mas, com o tratamento, é possível viver bem e com qualidade.
Antidepressivos causam dependência?
Não. Os antidepressivos não causam dependência química como drogas ou álcool. No entanto, é importante seguir a orientação médica para interromper o medicamento gradualmente, evitando a chamada síndrome de descontinuação (sintomas temporários que podem ocorrer ao parar abruptamente).
Só quem tem "problemas graves" tem depressão?
Não. A depressão pode afetar qualquer pessoa, independentemente de ter ou não "motivos aparentes". Muitas vezes, a doença resulta de uma combinação de fatores biológicos, genéticos e ambientais — e não é sinal de fraqueza ou falta de força de vontade.
Posso fazer o tratamento da depressão online?
Sim. Consultas por telemedicina são eficazes para avaliação inicial, acompanhamento e ajustes no tratamento. O médico pode prescrever medicamentos, orientar sobre psicoterapia e indicar encaminhamentos quando necessário.
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